quarta-feira, 12 de setembro de 2007

É hora de apagar as Vel(h)inhas!



Sei que muita gente vai considerar este meu post ofensivo, até mesmo pelo modo que o comecei. Mas, como tudo que faço, há um motivo BEM grande para isto!

Como viram, ontem não fiz menção nenhuma ao "importante" acontecimento de seis anos atrás. Muitos também sabem que hoje (12/09) é a data do meu aniversário. Pois bem...

De anteontem até agora, tenho visto muitas manifestações sobre a tragédia; sendo a mais comum as pessoas narrarem o que faziam naquele momento fatídico. Querem saber o que EU fazia?

Naquela manhã eu havia acordado estranhamente cedo. Estranhamente, pois quem me conhece sabe que sou um belo adépto da pachorra e do ócio. A minha cama é, literalmente, uma das minhas maiores amigas: é onde eu descanso sem nunca me atrapalhar, onde leio aquilo que quero, onde passo meu tempo refletindo... Ela não me nega nem mesmo seu "ombro amigo" (ou travesseiro, no caso) quando quero chorar, tampouco fica "fazendo charme" quando desejo saciar meus apetites e frustrações sexuais (podem ficar tranquilAs que eu não faço na coitadinha - apenas EM CIMA/NA COMPANIA dela)! Enfim, minha cama nunca me negou nem reclamou de nada do que pudesse pedir à ela (ao contrário de muita metida à paty que tem 'medinho de perder minha amizade' por aí), e reconheço isto!

Mas naquela manhã eu já tinha um certo pressentimento de que algo iria acontecer. Coisa comum, aliás, às vésperas de meus aniversários; tanto é que a lembrança de muitas dessas datas foram bloqueadas pelo meu cérebro, tamanho foram os desgostos. Liguei a televisão para assistir aos desenhos animados calmamente e, passados cerca de quinze minutos, entra no ar a vinheta do plantão de notícias da Globo: eram as primeiras imagens captadas do atentado!

Na hora, meu primeiro pensamento foi "Pronto! Começou meu aniversário! E começou bem por sinal... '¬_¬ " Minha mãe estava molhando as plantas no quintal, reclamando como sempre. Fora isso, o dia ficava cada vez mais quieto e 'desconfortável', enquanto eu notava que algo estava errado.

Foi quando o segundo avião bateu. No mesmo momento eu falei aquela palavra que todos falam em momentos de igual apreensão: "FODEU!!! Maenhê! Tu não acredita no que tá acontecendo!!! (...)" Naquele momento tive a certeza de que era algo orquestrado, e não uma simples casualidade como todos até então pensavam.

Claro que pensei na possibilidade de guerras, de ver meu futuro interrompido pelas consequências (já imaginaram a mim como soldado? Se tivessem mais uma dúzia de 'lezadus' a serviço do exército qualquer guerra já estaria ganha, E SEM BAIXAS! O problema é justamente este 'SE' - pra me(nos) convencer de descascar este abacaxí seria difícil, heim?!?)... Mas, mais que isto, eu já antevia que era hora de 'apagar as Vel(h)inhas'...

Para mim era óbvio que seria o começo do fim da supremacia norte-americana: com um bêbado (e ainda falam do Lula! Hmpf!), megalomaníaco, egoísta, etc e etc no poder o país não iria se manter bem das pernas por muito tempo; já era visível em qualquer lojinha de R$1,99 que algum país do Leste Asiático iria despontar perante uma brecha como esta; os hyppies já haviam profetizado a chegada da Era de Aquário (só erraram a data! Deve ter sido efeito do excesso de ácidos e baseados...); e até mesmo os próprios 'nerds' norte-americanos também já esperavam tal acontecimento (mas acreditavam que fosse, pasmem, o Brasil que ameaçaria seu 'tão amado' país - pergunte a qualquer RPGista mais 'old age')!

O fato é que tudo isso significou o fim do 'Velho' como conhecemos hoje: o World Trade Center em sí era o símbolo máximo do capitalismo como conhecíamos - marcado pela opressão do poderoso desesperado pela sua ganância sobre a força trabalhista; assim como os próprios Estados (não tão) Unidos da América iconizavam o conceito de 'país livre e democrático'.
Por outro lado o Oriente Médio, que era tido como símbolo máximo da religião e do conservadorismo - com todos os seus tabus e similares, hoje se mostra não mais tão 'místico' como dantes, passando por uma verdadeira revolução (baseada na teoria do Caos, mas não deixa de ser uma revolução) - coisa totalmente impensada até o final da última década. O próprio prédio, coitado, já era bem idoso e abalado por outros atentados! Já estava mais que na hora do seu devido descanso...

O pior é que não para por aí: de lá pra cá, tudo o que vemos é uma total mudança nos conceitos, valores e princípios existentes tanto individualmente quanto coletivamente pelo mundo afora! Não podemos mais dizer o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim, o que faz mal ou faz bem... O mundo está deixando de ser, digamos, booleano (dividido apenas em positivo e negativo, sem meios-termos) para se tornar fuzzy (conceituado em 'níveis' ou variações). Ou melhor, está se libertando fuzzy. Pois ele sempre o foi, apenas tentaram esconder isto dele mesmo...

O problema inerente nisto é que ainda não há (se é que um dia haverá) um padrão para estes níveis, talvez até mesmo por isto ter sido reprimido por tanto tempo. O que é desagradável à mim pode ser indiferente para outro, e extremamente agradável a uma terceira pessoa. E aquilo que não se encaixar em uma 'medida', ou for marca característica de outra, deve ser ignorado e desprezado! Exemplo: hoje toda e qualquer demonstração de sentimentos é característica da 'medida EMO' - logo é prontamente expurgada por qualquer outra 'medida' adotada; já aquilo que é original (por mais genial ou decrépto que seja) mas não se encaixa em nenhuma 'medida' - como um cabelo longo devido à uma promessa - TAMBÉM é prontamente expurgado.

Enfim, o que quero dizer é que há coisas que agora são mais aceitas por todos ou alguns, enquanto outras são mais recusadas, e até mesmo aquelas que são plenamente aceitas ou recusadas. "Mas isto já não ocorria antes?" me perguntam...

É hora de apagar as Vel(h)inhas...

PS: Fudelança deste aniversário - desde que acordei de um cochilo na tarde do dia 10 estou com uma dor lasciva no tórax que me impede até mesmo de respirar normalmente, a qual cheguei a conclusão que deve se tratar de uma cãibra... Cãibras são tratadas com potássio, substância fartamente encontrada em bananas... Mas, se pudesse, eu preferiria comer um bacalhau URGENTEMENTE - não gosto de banana, exceto a minha própria que já é bem grandinha aliás!

PPS: Agradeço desde já todas as parabenizações que me forem prestadas em qualquer meio de comunicação! Saibam que, mesmo que não receba o que quero daqueles que têm condições de me proporcionar, mesmo assim fico muito feliz de ao menos ser lembrado nesta data que me é particularmente confusa (na falta de termo melhor)!

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