sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Lembranças



Tenho que postar algo de novo aqui...

É curioso, aliás... Passei a semana inteira querendo falar sobre N assuntos! Replicar postagens de outros Blogs, comentar acontecimentos que presenciei ou vivenciei, homenagear grandes pessoas que marcaram o mundo... Mas resolví me resguardar para que não gastasse todos os meus "tiros" rapidamente, e também desse a chance para meus (poucos até agora, admito) leitores assimilassem tudo o que tenho para dizer, além de criar uma certa regularidade aceitável nas publicações...

E justamente hoje, que decido publicar algo de novo, acontecem-me eventos ímpares e algumas "fichas caem", e percebo que não tenho forças para tanto...

Resultado: acho que vou me aproveitar mais uma vez do Ctrl+C / Ctrl+V e "fugir" do trabalho pesado...


Muitos de vocês já devem ter lido este poema. Coloquei-o no meu about de Orkut quando meu avô morreu. O fiz em homenagem à ele, e como expressão daquilo que sentia no momento. E acho apropriado para o momento que estou passando agora, mas mais no sentido de refletir sobre o "antes" e o "depois"...


"Cansei de ser Imortal!"

"E aconselho à todos aqueles que o buscam ser de esquecerem isso.
A princípio, pode parecer sedutor. Novas experiências, novos poderes... Mas com o tempo tudo isso se esvairá.
Logo você saberá tudo, e não terá quem lhe compreenderá;
Fazer o bem não durará, e fazer mal não mais lhe trará prazer;
Você ficará sozinho, enquanto seus queridos se vão,
E nada poderá fazer.
Enquanto seus inimigos também morrerão,
E não terás mais a quêm combater.
As dores não mais lhe farão sofrer,
E os prazeres não mais lhe agradarão.
Sendo que então restará apenas um vazio,
Insistente, latejante, lá no fundo de seu coração!

Mas não digo também para procurarem pela Morte!
Já a encontrei, e por diversas vezes.
E vos digo: A Morte pode ser-lhe muito boa!
Mas desde que deixe ELA lhe procurar.
A Morte é como sua alma-gêmea: Com o tempo Ela lhe procurará.
Mas se você se apoderar da Morte de outro, sofrerá sua ira!
Tudo o que você já sofreu somado, ainda não se comparará!
Sei disso, pois já conhecí a minha Morte e a de outros.
Portanto ouçam meus conselhos.
Aproveitem suas vidas,
Façam o quê lhes der na 'telha'!
Elas devem ser vivídas,
E não lhes foi entregue de bandeija!

Porém, cansei de ser Imortal!
E vou esperar minha Morte chegar.
Se Ela se recusar novamente a me levar, irei protestar!
Mas ela sabe o que faz...
Não sei se ela decidiu assim por meu mérito ou desmérito,
De todas as vezes que lhe falei, a verdade não conseguí lhe arrancar!
Notei apenas que em um de seu olhos, ela chorava;
Enquanto no outro sorria!
Seu choro me fazia sentir arrependido,
E seu sorriso, agradecido.
Lhe perguntei veementemente: Fiz algo errado?
Se orgulha de mim?
Tenho ainda alguma missão?
Algo ainda devo pagar?
Mas em retribuição ela somente se calava,
E indo embora, parecia a Mona Lisa a me olhar.
Hoje sinto sua falta
Assim como sinto a dos que se foram com as suas.
Sigo minha incerta jornada, esperando ela voltar.
E quando isso acontecer, vou lhe dizer:
Por quê me deste esta dádiva/maldição?
Cansei de ser Imortal!"


Pois é... Estes dias me deparei com o arquivo onde tinha salvo a poesia, e passei a refletir sobre tudo o que me aconteceu desde então... Ela voltou a me visitar, como já era esperado... Não! Não estou brincando, nem falando metaforicamente (ao menos não completamente desta vez)!

Foi na quarta-feira, 04 de Abril último, véspera do feriado de Páscoa; em torno das 21:45hrs da noite. Aliás, um fato deveras curioso, do qual não me dei conta no momento: a Páscoa é o feriado onde nós (cristãos) comemoramos a Ressureição de Cristo; e de acordo com a "lenda" o Domingo seria o dia quem que Ele ressucitou. Fazendo-se as contas, e adaptando-se fuso-horários chegamos às 3:45hrs da manhã de Quinta-Feira, horário de Bagdá (fuso-horário onde toda a narrativa ocorreu), e justamente o momento em que Ele fôra marcado para morrer.
Coincidência? Acho que não... Longe de mim ter a pretensão de ser a reencarnação de Cristo ou coisa vagamente parecida com isto, como vocês podem vir a pensar (e isto, vindo de mim que me considero "ateu graças à Deus", iria totalmente contra meus princípios)! Mas acredito que este horário (assim como a Semana Santa em seu total) seja um momento "mágico" na falta de termo melhor, onde certos eventos "sobrenaturais" têm maior chance de ocorrer. E este há de ter sido um destes momentos.

Como ia dizendo antes de entrar em devaneios, na data e horário acima descritos, a Morte voltou a me visitar. Chovia torrencialmente aqui onde moro, e me encontrava nas instalações da faculdade onde estudo. Havia terminado um exame letivo minutos antes, e estava tentando obter uma carona para voltar para casa quando um professor me viu segurando o guarda-chuva (que era daqueles grandes, "de velho", com ponteira de metal e aspecto de bengala), e pediu para que o levasse até o prédio de Administração. Eu, como sempre solícito, concordei em abrigá-lo e tomamos o rumo desejado, ele à minha esquerda enquanto eu segurava o guarda-chuva com minha mão direita.

Para compreender melhor o ocorrido a partir de agora, é preciso descrever a disposição ambiente no local: foram construídos três prédios de igual tamanho, ao todo, para a faculdade; sendo que dois deles foram construídos em linha, e dois em paralelo, formando assim um triângulo retângulo, ou um "L". Entre os dois prédios paralelos há uma passarela cortando dois canteiros, e a "casa de energia" ao fundo; e o prédio da Administração fica a cerca de 2,5/3 metros abaixo dos outros dois que fazem a "linha de altura" deste triângulo.

Estavamos no prédio que faz o "topo" do triângulo, e quando chegamos à entrada da passarela (que ficaria exatamente no meio do triângulo) vimos que a mesma estava alagada. Neste momento, quando decidimos voltar e seguir um caminho paralelo aos prédios superiores, aconteceu o pior: um raio caiu, acertando ao mesmo tempo - em arco-voltaico - a casa de força e a mim, acabando com todo o fornecimento de energia elétrica no local! Ela estava, novamente, me visitando! E nem me lembrei da promessa feita na poesia!


Mas acho que tampouco seria necessário. Como disse, a Semana Santa deve ter sua "magia", onde o impossível fica mais possível de acontecer. E conhecendo a Ela como já a conheço, acho até fácil que ela tenha visto minha mensagem ao me visitar!


O problema agora é que acredito que Ela esteja fazendo algo para mim, e sequer consigo entender o quê exatamente é! Estou sendo confrontado com coisas que há muito já tinha, de certa forma, superado. Sentimentos, acontecimentos, perspectivas, pessoas... Vejo que o passado está voltando à mim, e isto irá decidir meu futuro. Mas não sei se a realidade é o que me parece ser!

A única conclusão concreta que consigo chegar é que no trecho:
"Notei apenas que em um de seu olhos, ela chorava;
Enquanto no outro sorria!
Seu choro me fazia sentir arrependido,
E seu sorriso, agradecido.

Lhe perguntei veementemente: Fiz algo errado?
Se orgulha de mim?
Tenho ainda alguma missão?
Algo ainda devo pagar?
Mas em retribuição ela somente se calava,
E indo embora, parecia a Mona Lisa a me olhar.
"
havia alguma coisa que agora Ela deseja completar ou retificar!




PS: Vocês provavelmente estão se perguntando neste momento como foi a experiência de se levar um raio, e reclamando que enrolei, enrolei, e não contei justamente o que mais lhes interessou. Saibam que, talvez por sorte, falta de, ou sei lá que cargas d'água, o fato de ter formado um arco voltaico - fechando assim o "circuito" criado pelo raio - amenizou em muito os efeitos do mesmo. Provavelmente, se eu tivesse sido o ponto único de descarga, hoje eu seria um "churrasquinho humano" (provavelmente de carne-de-costela, da maneira que sou magro... '¬¬); ou não! Afinal, há a estória de um cara que entrou para o Guinness por ter recebido não-sei-quantos raios e sobreviveu! Mas enfim... Tive a mesma sensação de que se tivesse levado uma descarga comum de uma tomada - com direito a "trepidação" do corpo e tudo o mais, e uma leve queimadura na palma de minha mão, que se curou sem deixar marcas em alguns dias apenas. Não caí, não desmaiei, nem nada. O próprio professor mal percebeu algo de diferente, até mesmo pelo susto da falta de energia e atordoamento devido ao barulho causado.
Após o acontecimento, notei estar com arritimia cardíaca e dormência/formigamento do meu lado direito do corpo. Minha pressão sanqüínea levou algumas horas para se normalizar, mantendo-se alta, e tive leves crises de labirintite durante os dois ou três dias seguintes. Além disto, creio que não há nada mais a ser comentado...


Ouvindo: Dido - Álbum "Life For Rent" & Natalie Imbruglia - Álbum "Left Of The Middle"
É... Também acho que estou meio depressivo hoje...

Um comentário:

Aeris disse...

Hihihi, já comentei contigo na madrugada de sexta pra sábado a respeito do que acho disso tudo... :P

Mas, de qualquer forma, nada do que vc pensar vai passar de conjecturas...relax e espera pra ver no q dá ^^

Bjuss =**

(e...sem citações martassuplicianas, por favor, HAHAHAHA xD)

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